domingo, 27 de julho de 2025

#283 – Bar do Cláudio - 05/06/2025

Presentes: Adolfo, Bráulio, Cabeça, Cid, Pedro-san, Tanaka
Sugestão: Cabeça
Quando lá, comer: o prato do concurso... se ainda tiver

O Bar e Restaurante do Cláudio, muito mais Bar que Restaurante, fica no Cajuruzão, não muito longe da zona perigosa, mais próxima da BR que do terminal. Assim, eu fui de ônibus, a região não me assustou muito, mas informo de antemão antes que narizes se torçam no caminho para o bar. Para chegar lá vindo da cidade grande, você pega a Getúlio Vargas até o final, passando pelo estádio do Paraná se é que ainda é. Lá no final você contorna o terreno do Jardim Botânico pela esquerda, passando por debaixo da linha verde. Logo depois do sinaleiro, vira no posto Rodóio à direita, é a rua Luiz França do Ite’s Bar. Segue por ela bem bem longe, uns 2km, uma hora tu passa por uma escola do lado esquerdo seguida por um campo de futebol. O bar é na esquina do lado direito. Para ir de busão como eu fiz, a estação tubo do vermeião é Cajuru, anda-se uns 10 min a partir dela até o boteco. O trinco da porta de entrada do bar fica atrás de uma das pantográficas, então dá a impressão que não tem como entrar – não tenha vergonha e bata na porta que um atendente abrirá para você.

Bombando na esquina do Cajuruzão

O Bar do Cláudio tem um climão muito de boteco boteco de cidade pequena assim, mas não dá pra chamar de fulêro não. As mesas são de madeira, a gente só teve que sentar numa mesa de prástico da Brahma porque o boteco tava lotado já na chegada do primeiro confrade que era o Tanaka, se não me engano. Sorte que essas mesas são empilháveis e portáteis, senão a gente ia esperar em pé e do lado de fora tava bem frio. Pela lotação, o boteco é muito popular, e o clima é animadão, pessoas felizes. O bar se distribui em dois ambientes, um interno com uma mesa de sinuca, balcão antigo, parede de azulejo e chão de lajota gasta bem das época das antiga, que certamente era todo o boteco décadas atrás; e um externo contornando o anterior, com chão de lajota renovada e mais caprichadinho, certamente criado após a popularidade explosiva do estabelecimento. A maioria dos clientes fica nas mesas de fora, onde cabe mais gente, mas lá dentro o pessoal se amontoa bem, são os véio nativo e o pessoal raiz que quer jogar sinuca e ver futebol. Neste dia, inclusive, tinha jogo do Braziu, mas a TV não era visível da nossa mesa. Ainda bem, porque foi 0 x 0 contra o Equador se não me engano, a gente ia passar raiva. Tem decoração de fotos antigas e umas coisas de cavalo? Deve ser do gosto do dono. Tinha música ruim, combinando com a região, um sertanejo incômodo, mas pelo menos não estava alto demais. O bar tem um cachorro nativo pidão, consideramos simpático, mas quando incomodou alguém eles botaram o dogue pra fora, aceitou de forma comportada, deitado num papelão e cuidando da porta. Os atendentes são bem amigáveis, e a cozinha faz um bom trabalho, porque a comida não demorava demais pra chegar apesar do boteco estar bombando.

Espaço interno, com balcão, sinuca e futebol
Espaço externo pras famílias comerem
Comes
Bebes
O petisco do concurso, se você ficou curioso

A comida do boteco é bem simprona, também combinando com o aspecto geral de botecão de bairro, o que não é ruim. Comemos o que tinha no cardápio, batata frita, calabresa, frango a passarinho, tilápia, pastel (tamanho normal e você corta pra dividir com a galera), tudo bom, nada marcante. O que tinha de diferente lá era o tal prato do concurso de comida de buteco, que no fim das contas foi o vencedor regional deste ano: um quibe frito recheado de carne de porco desfiada e pinhão, molhos de mostarda e de abacaxi, que era bastante bom, mas pessoalmente não considero como uma porção vencedora de concurso. O engraçado é que essa porção destoa completamente do resto do cardápio que é bem simplêra – é como se tivessem falado pro dono, “vamos fazer uma porção cheia de frescura pra entrar no concurso e atrair gente pro bar”, e deu resultado... deve ter sido isso mesmo que aconteceu. Quando pedimos o prato, o atendente meio que pareceu contrariado, falando que eles eram obrigados pelo concurso a fazer a porção por um ano por terem ganhado... enfim, aproveitamos, foi bom. De bebidas, cervejas convencionais e biritas de boteco de qualidade duvidosa. Um grande atrativo do boteco é o preço, principalmente das biritas – certamente um motivo forte para bombar o estabelecimento.

Avaliação especializada!
E o dogue de castigo

Resumindo, o Bar do Cláudio é ótimo em termos de botecalidade, demonstra muito bem a essência do boteco – ambiente sem frescura, gente de bairro num clima bom, preço atrativo. Pra mim a única característica chata é a região, longe pra burro e talvez não muito aprazível pro pessoal de bairros mais nobres. A comida não tem nada específico que seja especial, se é isso que você está buscando também não encontrará. Mas a animação dos frequentadores é contagiante, o lugar é jóia.

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