domingo, 14 de janeiro de 2024

#245 – Vallentina – 21/12/2023

Presentes: Adolfo, Adriano, Bráulio, Cabeça, Cid, Deco, Flávio, Tanaka, Tony
Sugestão: Cid
Quando lá, comer: contra-filé-... tutu... porrada

O Vallentina fica num beco no rebouças... bom, melhor não falar assim se não fica assustador. O Vallentina fica numa rua sem saída no limite entre Batel e Água Verde, e pra chegar lá você vai pela Ângelo Sampaio, e ao passar o Bek’s na esquina com a Brasílio Itiberê, você vira a próxima à direita e é ali. Antigamente era muito movimentado e não tinha muita vaga, mas agora as noites são mais tranquilas e tem espaço pra estacionar... quer dizer, pro Uber te deixar com tranquilidade.

Rua sem saída é tranquilidade certa

O Vallentina é um boteco no estilo mais tradicional, daqueles mais caprichados que você encontra no centro do Rio de Janeiro. Considero que não é raiz por não ser fulêro, mas não perde em nada na botecalidade do recinto. As mesas são de madeira, os tetos repletos de camisas de time, e é preenchido por meia-luz, tornando o ambiente agradável. Cada mês eles fabricam um jornalzinho que serve de jogo americano para os pratos, que é o charme do lugar, e eles enquadram cada jornalzinho pra pendurar na parede, é uma atração ficar lendo as paredes – o conteúdo é divertido, inclui futebol e política, mas que boteco não tem isso? O dono é fã de Beatles, então no dia ficou rodando rock bom o tempo todo, diferente de antigamente que ficava rolando samba raiz (que também é bom). Inclusive o dono não liga pra frescura e por isso não bota as músicas populares ruins nem música ao vivo, bota o que ele quer, e isso mantém o ambiente autêntico de boteco. No sábado tem feijoada no almoço, aí o esquema é mais agitado, mas estamos avaliando a experiência noturna aqui. A comida demora um pouquinho, só havia um atendente e o boteco passa uma impressão de ser meio abandonadão, mas quem sabe seja só a impressão do dia, próximo ao natal. Não chegamos a nos sentir mal atendidos em nenhum momento.

Botam mesas lá fora
Ambiente botecal
Visão do outro lado. Só nóis ali
Fã dos Beatles, talvez?
Um dos jornalzinho de exemplo
Outro
O come-se
É desse canto aí que sai as birita

Pra comer tem uma porção de porções de boteco, e alguns pratos sobre os quais não podemos opinar por não ter pedido... foi asa de frango, calabrola que é calabresa + cebola, costelinha, torresmo só pele frita, aipim, peixinho, tudo bom, nada surpreendente. A porção de contra-filé para petisco se destaca, e o tutu de feijão é bem bom, mas a porção é cavalar, fique atento. Para beber, cervejas tradicionais, algumas biritas de boteco, de drink composto só caipirinha mas boa, as bebidas cumprem o papel de embriagar sem ressaquear muito. Preço um teco acima da média, mas o ambiente compensa.

Os cara ali

O Vallentina está lá há mais de década, e talvez por ter ido muitos anos atrás, eu sempre tive a impressão de que era permanentemente socado de gente. Mas eu me surpreendi como o boteco estava vazio nesta quinta-feira, acho que no total umas 4 mesas foram ocupadas na noite. De qualquer forma, não temos nada a reclamar, foi uma botecada autêntica, fomos bem tratados e bagunçamos de monte. Este encontro foi cenário do IX amigo secreto da confraria, então rolou aquela vergonhêra toda de falar como é meu amigo e blá blá blá, mas não tinha muita gente pra presenciar – exceto o garçom e o dono, que devem ter achado uma frescura sem tamanho. Biritas interessantes foram entregues, cachimbo foi fumado, conversas leves e pesadas, e o prazer do encontro botecal etílico. Abrimos e fechamos o boteco, e pagamos a noite dos trabalhadores.

A montagem sem-vergonha de costume... Tanaka representou Hiã e deu pra Deco, que deu pra Adolfo, que deu pra Cabeça, que deu pra Tony, que deu pra Pedro-san, que dará pra Hiã
Adriano deu pra Bráulio, que deu pra Cid, que deu pra Tanaka, que deu pra Adriano

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