Sugestão: Jaque (da Calçada da Villa)
Quando lá, comer: fritura, uai
A Confraria Paupitz fica no coração do Xaxim, e se você me der meia hora no Xaxim sem um mapa, eu ainda não vou achar esse raio de boteco. Acho que o jeito mais fácil de chegar lá é pelo Boquera (nunca na minha vida eu imaginei que o Boqueirão seria um passo intermediário de outro lugar). Tem aquela Waldemar Loureiro Campos que é uma das principais vias do bairro, virando logo depois do terminal do Carmo. Passando a porção de boteco que tem ali, você passa a Derosso ali onde tem o Jacomar e vira a segunda à esquerda. Vira a terceira à direita e fica ali do lado esquerdo. Utilizem as tecnologias para não se perderem.
Uma das casas é um botecão
Talvez por ser bastante isolado do mundo civilizado, o Paupitz tem um astral muito interessante de botecão de interior meio armazém e meio loja de quinquilharia. Ao entrar você se surpreende com as panelas penduradas no teto, mesas de prástico e madeira aleatoriamente distribuídas, e uma mercearia do lado de dentro. Quem atende é o próprio Paupitz e uma senhora que talvez seja a esposa? (desculpa se ofender), mas você fica em meio aos produtos de armazém, uma experiência diferente. Os donos são prestativos, mas a comida demora um pouco; possivelmente é a própria senhora que atende e faz a comida, enquanto o Paupitz cuida do loxinha. Tem um cheiro meio desgraçado de gordura velha das frituras do boteco, possivelmente impregnada sobre as mercadorias à venda. Aproveite e faça a feira no boteco.
Na meiuca das panelada
Pra dentro... compra-se tudo
Fazer a feira no boteco
O tar do torresmo
Sandubas
Porções e uns bebes
Uma pá de fritura é o esperado neste tipo de estabelecimento, e é isso mesmo que se consome. Calabresa, frango, torresmo, vegetarianos só conseguem comer batata frita. Vá de consciência limpa e saia com ela suja. O torresmo é grande, vem bonito e brilhante, mas sei lá, eu achei ele meio borrachento, consuma se quiser. Segunda e quarta tem carne de onça, mas era obviamente quinta, e a falta da carne de onça gerou desapontamento; o Paupitz falou que se você ligar com antecedência ele faz outros dias também. Beras convencionais e biritas de boteco, conforme esperado; duro é segregar os consumíveis das garrafas compráveis da mercearia... de repente dá pra comprar as garrafas meio vazias? As beras ficam num freezer horizontal, mais um ponto inusitado. Preços um pouco agressivos para o que se esperaria do lugar.
A galera na garagem do Paupitz
A gente ficou na garagem, atrás do Honda Civic do Paupitz e embaixo de panelas à venda (das panelas você não consegue fugir), e no boteco tinha uma porção de nativos espalhados. Eis que o Bráulio divulga que está grávido e o Japonês divulga que conseguiu visto nos US & A para toda a familiage... Tony comprou um Jim Beam, este em preço amigável, Cabelo achou umas beras especiais pra comemorar, e a galera se afundou de vez. Perda de controle, uma barulheira, escarcéu, deu pra ver nativos fugindo e a senhora ficando brava pelo barulho, gerou uma vergonhêra bem leve, atenuada por estarmos bêbados. Ao pagar a conta eu me desculpei com o Paupitz pelo comportamento nada exemplar dos animais, mas ele foi muito amigável e ofereceu seu estabelecimento para voltarmos quando quiséssemos pra pagar aquela conta de novo. Saímos por volta da meia noite, 40 minutos depois de fechar. Cara, é um lugar único tupiniquim, leve seu gringo predileto.
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