terça-feira, 5 de março de 2019

#153 – Mertens Bom Paladar – 11/10/2018

Presentes: Adriano, Cabelo, Careca, Cid, Pedro-san, Tanaka
Sugestão: Cid
Quando lá, comer: carne de onça... ou o pastel de camarão, se tiver

O Mertens fica lá no Bom Retiro, perto do Jd Schaffer e no caminho para a Unilivre. Um bom ponto de referência é o Pachá, mas nem todo mundo sabe onde fica né... Acho que é mais fácil ir pela Mateus Leme até o Ervin e virar à esquerda, aí você vira no sinaleiro à direita, à esquerda e à direita, em ziguezague. Putz, lá virou contramão... então no Ervin vira à esquerda, à esquerda de novo, à direita e à direita de novo, aí esquerda e direita, entendeu? Não? Então se renda à tecnologia e ponha no Gúgou méps. O endereço é Primeiro Ministro Brochado da Rocha, 27. Que aula de história, hein? Pelas ruas da cidade, você descobre o primeiro ministro que brochou no país.

Taí o oásis

O Mertens, como é mocado, pouca gente conhece, mas ele tá por lá desde 1969, diz a placa. É um boteco frequentado por nativos, aquele astral de interior. O dono, sr. Renato Mertens, toca o bar repassado pelo pai, junto do seu irmão que é sósia do (então candidato a) presidente, mas esqueci o nome dele. No início, o Google não tinha nenhuma informação sobre telefone ou horário de abertura do boteco, o que mostra o grau de natividade do recinto. Por medo de ir lá e estar fechado, fui uma semana antes pra dar uma olhada qualera e já alimentar as redes mundiais, com anuidade do dono. O mistério de parecer fechado é que durante a semana, eles fecham a porta às 21h por questões de segurança, mas a turma continua botecando lá dentro; sábado eles fecham às 20h e domingo só abrem na hora do almoço. Desvendado o mistério, tomei umas enquanto papeava com os locais, que são bastante receptivos apesar do isolamento da modernidade.

 O lado de fora já tem mesas
E o lado de dentro tem o resto... note o público, quando forem lá tentem reconhecê-los

O ambiente do boteco é, conforme descrito, um botequinho estreito mocado de interior. Véios e famílias (principalmente véios) se alternam nas mesinhas do boteco, e ficam circulando, jogando conversa fora de forma aleatória, todo mundo se conhece. No dia, estava bastante cheio devido à comemoração do aniversário do boteco, então tinha um garção circulando freneticamente entre as mesas, mas normalmente o boteco é bem sossegado, com atendimento pessoal pelo sr. Renato. Quem quer apressar seu pedido vai direto ao balcão e tenta chamar a atenção do sr. Renato ou seu irmão, em meio aos bate-papos locais. As mesinhas de madeira são confortáveis, e ficar lá fora também é uma boa opção, nos dias de calor. A decoração é simples, sem nada nas paredes, mas mesmo isso se encaixa bem no astral do botecão.

O cardápio rústico

O cardápio semi-antiquado do boteco é escrito em giz numa das paredes, e inclui uma boa variedade de porções de boteco. Existem também as porções “sazonais”, servidas em cada dia da semana. Na quinta feira, o xquema é o pastel de camarão, que estava bastante bom. Comemos também carne de onça, decente, iscas de peixe, bom também, e o pastel bom paladar, que é bom e bastante grande, apesar de não tão recheado quando os da Pastelaria Juvevê. Também comemos os “hamburgues produção própria”, e valeu a pena. Cervejas convencionais e uma boa variedade de biritas de boteco fecham a seleção de alto nível botecário. Podes notar que no cardápio não aparece os preços de cada porção, mas não tema: o preço é honesto.

Tentando se mesclar no público

No dia da confraria, era aniversário do boteco, (2018 – 1969) = 49 anos? Talvez não tenha sido surpreendente que os senhores que lá estavam frequentando eram os mesmos de quando visitei o boteco uma semana antes, clientes realmente fiéis. Rolou umas rodadas de petiscos por conta da casa, principalmente a carne de onça, mas estava bem cheio. Tanaka já estava recebendo amostras de comida quando chegou Cid, que teria de sair por compromisso posterior. Mas nada havia a temer, pois compareceram Careca, Pedro-san, Cabelo e Adriano, e ainda bem que haviam confrades para presenciar o altíssimo nível de botecalidade do recinto. Avançaram a noite e saíram miando, até com confusões mentais na hora da conta, o que não gerou nenhuma animosidade. Esse é o tipo de boteco que vale a pena conhecer, ficar broder dos nativos e voltar voltemeia pra bater uns papo e dar umas risadas, regadas a biritas de boteco.

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