terça-feira, 16 de setembro de 2025

#288 – Bar Otelo – 14/08/2025

Presentes: Adolfo, Cabeça, Cid, Tanaka
Sugestão: Cid
Quando lá, comer: croquete de ossobuco

O Bar Otelo fica na encruzilhada da Carlos de Carvalho com a Prudente de Morais, no novo inferninho badalado entre o centro e o Bigorrilho. O endereço do bar é na Carlos de Carvalho, passando a Prudente, logo antes de chegar na Brigadeiro Franco, do lado esquerdo. Não tem muito mais o que falar em relação à localização, fora a proximidade com o tubo da Praça Osório e a dificuldade de estacionar. Desista dessa vida de beber e dirigir que uma hora dá mehda. Seja saudável e atlético, visite o boteco a pé.

Em região nobre da cidade

O Bar Otelo busca um ambiente de botecão clássico carioca, puxando mais pruma experiência gurmetizada como é o Sambiquira. O ambiente central do bar é um puta salão com as mesas de madeira preta bastante próximas umas às outras. As paredes são ocupadas totalmente com quadros de fotos históricas e propagandas antigas, algumas pérolas aqui e ali – mais pra cima (sim, próximo ao teto) os espaços vazios são ocupados por canecas e garrafas. Chão de azulejos brancos e pretos alternados e uma renca de garção com vestimentas tradicionais de garção completam a cena botecal, com uma boa dose de poluição visual e sonora. Por sinal, o alarido é brabo neste estabelecimento, talvez pelo próprio número de pessoas que lota o bar na grande maioria dos dias – tentaram botar um isolamento sob as mesas, aquelas espumas em formato de caixa de ovo, mas praticamente em vão, é necessário ter gogó potente pra ser ouvido num bate-papo. Tocam música brasileira de boa qualidade, e a TV passa futebol, tudo de acordo com o tema pretendido. Os pedidos demoram tempos aleatórios e os garção precisam ser puxados pelo braço para que te atendam, apesar de terem vários circulando o bar a todo momento. Mais detalhes ao final da resenha.

O ambiente
Uma olhadinha mais de perto no balcão
Lá fora, mal tem espaço pra deixar a bera na mesa
Comes I
Comes II
Bebes I
Bebes II
Ótimas referências

Os comes são bem caprichados no Otelo. O cardápio é vasto e tudo que comemos foi muito bom. Destaque especial para o croquete de ossobuco com queijo, realmente espetacular e merecendo repetição. Camarão crocante à dorê excelente. Pastel, frango, aipim, rollmops, não tem erro. Tem vários pratos completos para refeições, mas nos ativemos às porções, principalmente porque o coro foi baixo neste dia (do nosso grupo, não do bar sempre lotado). A variedade de bebidas também é bem ampla – chopp Brahma claro e escuro (acho que não é o black, falta gás, mas não sou especialista), cervejas convencionais, caipiras e drinks. Pedimos alguns poucos drinks que não impressionaram, vampiro de Curitiba, o negroni que o Adolfo não larga, foram decentes. Na última página do cardápio, uma lista bem interessante de biritas de boteco. O que não é interessante é o preço, bastante abusivo de forma geral, em especial para as bebidas. As porções têm um preço mais OK, mas os tamanhos são pequenos. A receita é similar ao Sambiquira, mas pelo menos no Otelo as comidas são bem caprichadonas, não é cobrar caro demais pelo simples como no outro.

Autoridades no boteco

OK, experiências vivenciadas... cheguei antes da galera por medo de lotar, e realmente lotou – Tanaka apareceu, quando o Adolfo chegou o bar já tinha lotado, e não era tarde não. Cabeça apareceu depois e fomos só nozes. Enfim, eu pedi um chopp adiantado, e quando o Tanaka chegou pediu uma porção de pastel e um chopp. O pastel veio até que rápido, mas o chopp... chamamos o garçom, ele falou ah é, e foi pedir de novo. Mais dez minutos de paciência, saindo chopp adoidado pras outras mesas, mais cinco minutos pra pegarmos um garçom pelo braço, “ainda não veio”? e ele arrumou o chopp finalmente, muita demora. Olhando para o salão, cinco garçons tirando pedidos loucamente, e um cara só servindo chopp no balcão, coisa que não faz sentido... assim como a gente não conseguir chamar garçom, é só por contato físico mesmo, sugiro sentar do meio pra dentro pra conseguir agarrar o garçom passando. Chamar o garçom foi difícil a noite toda, e rolou atraso de fornecimento de chopp mais umas duas vezes. Algumas porções de comidas vinham incrivelmente rápido, outras demoravam... Realmente cumpre o tema proposto de boteco carioca, me senti no Rio de Janeiro com essa qualidade de serviço. Na outra mesa tava sentado o Mário (conhece o Mário?), camiseta vermelha, boné, bigodão e jeans, muito caricato, e depois do Mário ir embora, um magrelo bigodudo ocupou a mesma mesa, Luigi... icônico. Pedimos comes e bebes conforme a paciência e o espaço na barriga permitiam... Enfim, as comidas dão uma boa compensada, o ambiente é bem legal apesar do barulho, mas o custo-benefício sofre com os pontos negativos. Todo o barulho deixou a gente cansado, e fomos embora pelas 23hpouco com o bar ainda movimentado.

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